4 de junho de 2018 Celso Favaretto

 
Como diferenciar a arte moderna da arte contemporânea? A arte é um sintoma de seu tempo? Como reconhecer “algumas coisas” como “coisas da arte”? Por meio de que “procedimentos” institui-se o caráter reflexivo constitutivo da arte contemporânea?

De fato, “pela arte passam certamente os afetos, os processos sociais, os processos maquínicos que tencionam o tempo em que vivemos”, afirma Celso Favaretto, filósofo e professor efetivo aposentado da Universidade de São Paulo (USP), onde dirige os programas de pós-graduação nas faculdades de Filosofia e de Educação. E, não à toa, o desamparo oriundo da diluição das grandes narrativas da modernidade é tematizado nas artes, por meio de seus procedimentos. “A queda da eficácia das metanarrativas permite que a experimentação artística, em sua singularidade, esteja muito mais porosa com a história, com o tempo – com a experiência humana”, destaca o filósofo. Pois também aí se encontra a questão política da arte.

Com certeza, as indagações acima apenas sinalizam o caminho percorrido por Celso Favaretto, ao tratar dos limites e, como consequência, da liberdade e dimensão política presentes na atividade artística. Duração: 38’44”

 


 
Imagem: Cultura no Divã | O resto, o rastro e a arte na contemporaneidade | São Paulo | 2018 | divulgação

Celso Favaretto possui graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas, 1968), mestrado (1978) e doutorado (1988) em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) e livre-docência pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP, 2004). Atualmente é professor efetivo aposentado da mesma universidade. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Estética, Educação e Ensino de Filosofia. Autor de Tropicália, alegoria alegria (Kairós, 1979; Ateliê Editorial, 2007, 4ª ed.) e A invenção de Hélio Oiticica (EdUSP, 1992; 3ª ed., 2015), entre outros, além de ensaios e artigos em coletâneas, jornais e revistas.