Vivemos em um mundo pós-edipiano? Quais são as implicações dessa leitura da contemporaneidade para a clínica psicanalítica?
A partir dessas indagações, Joel Birman, psiquiatra, psicanalista, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisador associado e professor associado da Universidade de Paris VII, revisita as noções freudiana de complexo de Édipo e lacaniana de estrutura edipiana para resgatar a temática da passagem da Natureza para a Cultura e, por meio dessa elaboração, salientar as fissuras já apontadas por Sigmund Freud, na década de 1920, no que respeita ao delineamento de um “mundo pós-edípico”. Assim, é possível acompanharmos Joel traçando uma leitura de um “para além do Édipo” presente na cultura, seja sócio-historicamente, seja no que concerne às subjetividades contemporâneas, aqui representadas pela figura de Narciso. “Ser ou não ser?” – essa é a questão, hamletiana, hoje presente na atualidade, afirma Birman.
Quais as implicações para a prática do psicanalista? Se, no que se refere ao seu lugar e função, o psicanalista contemporâneo depara-se com pouca sustentabilidade simbólica em sua clínica, mudanças técnicas e, quiça, metodológicas findam, de fato, por impor-se à psicanálise contemporânea. Qual o futuro da psicanálise? – perguntamo-nos. Duração: 23’50”
ATENÇÃO: Como consequência de captação de som indevida, o áudio tem baixa qualidade, pelo qual sentimos muito. Ainda assim, a Revista optou por publicar o vídeo — com legendas –, dada a importância do tema. Sugerimos também o uso de fone de ouvido.
Imagem: Cultura no Divã | Mundo pós-edipiano e clínica psicanalítica | Rio de Janeiro | 2018 | divulgação