5 de fevereiro de 2018 Mário Eduardo Costa Pereira

 
Poderia a psicanálise oferecer à psiquiatria, e mesmo à medicina em geral, uma orientação ética sobre o que é o sujeito, o que o interpela e o anima como paixão, seu sofrimento e suas formas particulares de gozar? Essa intuição freudiana é atualmente retomada pelo psicanalista e psiquiatra, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Mário Eduardo Costa Pereira.

Num diálogo costurado por referências à medicina hipocrática e pela história e evoluções da psiquiatria dos últimos três séculos, vamos sendo conduzidos a ultrapassar a costumeira oposição entre psicanálise e psiquiatria contemporânea para que a psicanálise, com sua teoria do sujeito, seja capaz de interrogar as vicissitudes da prática e da racionalidade médica atual.

E isto Mário Eduardo Costa Pereira faz ao refletir sobre a bioengenharia, as inquietações provocadas pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais V (DSM V), o saber médico e ainda sobre o lugar possível para o desejo, fantasias e o laço social num contemporâneo que avança rumo a um tempo em que poderemos compor corpos e espíritos seguindo preceitos diferentes daqueles pressupostos em uma dita ordem natural. Duração: 34’15”

 

 
Imagem: Cultura no Divã | Contribuições da psicanálise à prática psiquiátrica contemporânea | São Paulo | 2018 | divulgação

Mário Eduardo Costa Pereira é psicanalista, psiquiatra, professor titular de Psicopatologia Clínica pelo Laboratoire de Psychopathologie Clinique et Psychanalyse da Aix-Marseille Université (França). Livre-docente em Psicopatologia do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM-Unicamp), onde dirige o Laboratório de Psicopatologia: Sujeito e Singularidade (LaPSuS). É também diretor do Núcleo de São Paulo do Corpo Freudiano – Escola de Psicanálise.