6 de agosto de 2018 Cleusa Pavan

 
A psicanálise fora dos consultórios e o trabalho de elaboração (Durcharbeitung) da desindividualização e desculpabilização do sofrimento. A analista institucional e psicanalista Cleusa Pavan trata com clareza o tema da dimensão política da psicanálise. Partindo do conceito de clínica em geral, nos mostra como é inevitável que a psicanálise interfira nos modos de produção de subjetividades. “Toda clínica é política”, afirma.

É nessa medida que a psicanálise tem seu lugar na cultura como potência crítica apta a escutar o indeterminado, o impessoal, o Isso. Ao facilitar ainda o desvelamento de conflitos, também leva à discriminação das demandas oficiais o que antes se encontrava encoberto, e que pode vir a ganhar voz, tornando possível assim a experiência psicanalítica nas instituições. Duração: 33’12”

 


 
Imagem: Cultura no Divã | Sobre as dimensões políticas da clínica psicanalítica | São Paulo | 2018 | divulgação

Cleusa Pavan é analista institucional e psicanalista, membro do Departamento Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae (Sedes-SP), professora do Curso de Psicopatologia e Saúde Pública da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e consultora da Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão no Sistema Único de Saúde – Ministério da Saúde – PNH-MS (2006-2015). Autora, com Alcimar A. S. de Lima, Suzana Pacheco e Marta Palhares, de Pulsões – Uma orquestração psicanalítica no compasso entre o corpo e o objeto (Vozes, 1995).